Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Zootecnia

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    Dissertação Acesso restrito
    Ácidos orgânicos, prebióticos e fitogênicos na dieta de leitões em fase de creche
    (2024) Ficagna, Cássio Antônio
    A adição de ácidos orgânicos, prebioticos e fitogênicos em dietas de suínos, são uma alternativa para beneficiar o desempenho zootécnico, saúde e imunidade nessa fase de vida, preparando para as demais fases, durante o sistema de produção. O estudo teve como objetivo avaliar se a combinação de ácidos orgânicos (ácido fórmico e ácido acético) e parede de levedura (mananoligossacarídeos e beta-glucanas) na alimentação de leitões, como alternativas aos antibióticos, durante a fase de creche, tem efeitos positivos no desempenho, no perfil de ácidos graxos de cadeia curta nas fezes e na saúde animal. O primeiro experimento avalioi os efeitos da adição de blend de ácido orgânicos e de prebiótico sua respectiva combinação com fitogênicos na alimentação de leitões, em substituição aos promotores de crescimento convencionais para leitões na fase de creche. Os trabalhos foram desenvolvidos com 108 leitões, machos inteiros desmamados com 26 dias. Usamos delineamento inteiramente ao acaso, com três tratamentos, com 12 repetições por tratamento e três leitões por repetição. O experimento foi identificado como A-blend de ácidos orgânicos e prebióticos (1 g/kg); B-blend de ácidos orgânicos e prébioicos (1 g/kg) + fitoterápicos (0,4 g/kg); C- controle positivo constituído do uso de Colistina (10 mg/kg). Os leitões (7,17±0,77 kg) receberam ração ad libitum, em um período experimental de 35 dias. Não obtivemos diferença estatística expressiva para dados zootécnicos. Contudo a média de graulócitos, foi maior no Trat A (blend de ácidos orgânicos e prebióticos), resultado que sugere diferenças na resposta inflamatória entre os tratamentos. Para variáveis de proteinograma, houve diferença significativa para variáveis de IgA e haptoglobulina na qual os grupos tratados foram superiores ao grupo controle. Na variável Proteina C-Reativa grupo controle estatisticamente foi superior aos grupos tratados. As médias das demais variáveis não diferiram (P<0,05). Para o segundo experimento teve como objetivo avaliar se a combinação de ácidos orgânicos (ácido fórmico e ácido acético) e parede de levedura (mananoligossacarídeos e beta-glucanos) na alimentação de leitões, como alternativas aos antibióticos, durante a fase de creche tem efeitos positivos no desempenho, perfil de ácidos graxos de cadeia curta nas fezes e saúde animal. Um experimento de 40 dias foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado contendo quatro tratamentos, onde cada tratamento teve nove repetições e cada repetição teve três leitões: controle negativo (NC: sem aditivos), controle positivo (PC: com antibióticos), combinação de ácidos orgânicos e parede de levedura nas doses de 1 e 2 kg/ton. Os animais receberam quatro dietas: pré-inicial 1 (d1-7), pré-inicial 2 (d8-14), inicial 1 (d15- 25) e inicial 2 (d26-40), e os animais foram pesados no dia da mudança de dieta. Sangue e fezes foram coletados nos dias 14 e 40 do experimento. Os leitões dos grupos PC e dose de 1kg/ton apresentaram maior ganho de peso em comparação com o NC. O consumo de ração foi maior nos leitões dos grupos PC e dose de 1kg/ton considerando os primeiros 25 dias do experimento em comparação com o NC. Além disso, não houve efeito do tratamento na conversão alimentar. Os leitões de NC apresentaram níveis mais elevados de proteína C reativa e ferritina, enquanto os leitões de dose de 2kg/ton apresentaram níveis mais elevados de interleucina 10 e níveis mais baixos de TNF. Observou-se maior quantidade de ácidos graxos de cadeia curta nas fezes dos leitões no d40; que está relacionado às mudanças nos ácidos propiônico, butírico, isovalérico e valérico. Portanto, pode-se concluir que fornecer o aditivo na dieta dos leitões na dose de 1 kg/tonelada é uma excelente estratégia para substituir os antibióticos, pois foi capaz de manter desempenho produtivo semelhante.