Educação financeira: planejamento financeiro para aposentadoria, um estudo comparativo com os acadêmicos dos cursos de ciências sociais aplicadas de Santa Catarina

Abstract

A expectativa de vida da população mundial está aumentando a cada ano, devido melhores condições de saúde, avanço da medicina, novas tecnologias, entre outros fatores, e em contrapartida, percebe-se que as taxas de natalidade vêm diminuindo. Assim, levanta-se questões em relação a sustentabilidade do Regime Geral de Previdência Social promovido pelo governo para às próximas gerações de beneficiários, principalmente com os déficits que apresenta. Nesse sentido, percebe-se a importância de realizar um planejamento financeiro ao longo da vida, especialmente que seja voltado à aposentadoria. Nesse contexto o estudo objetivou verificar o conhecimento dos acadêmicos dos cursos de Ciências Sociais Aplicadas em relação à necessidade de planejamento financeiro para a aposentadoria. A pesquisa quantitativa, descritiva e survey foi aplicada com 261 acadêmicos matriculados nos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas no primeiro semestre letivo de 2024 em três instituições de ensino de Santa Catarina. Para análise de dados, foi realizada estatística descritiva com apoio das ferramentas Microsoft Excel e Microsoft Power BI. Os resultados do estudo apontam disparidades entre os cursos em relação a maneira de investir e no foco para a aposentadoria. No curso de Ciências Econômicas, os acadêmicos possuem mais interesse em investir em renda variável, como no caso das ações, enquanto no curso de Administração o número de acadêmicos que não investem é maior do que os que investem. Em relação à aposentadoria, verificou-se que os acadêmicos de Ciências Contábeis são os que mais se preparam financeiramente, podendo este fato estar relacionado às vivências em sala de aula, com disciplinas obrigatórias relacionadas a planejamento e orçamento. No entanto, a maioria dos acadêmicos ainda não iniciaram o planejamento financeiro para a aposentadoria, contudo, demonstram interesse em começar a planejar-se. Ao final do estudo, os respondentes afirmam que não acreditam que somente a previdência pública será capaz de suprir suas necessidades para aposentadoria.