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A relação entre alfabetização financeira, materialismo e compra compulsiva na propensão ao endividamento
(2024) Oliveira, Ana Beatriz Linhares Coelho de
De acordo com a literatura, indivíduos não alfabetizados financeiramente estão mais propensos a acumulação de dívidas, além de que homens e mulheres percebem o dinheiro de maneiras diferentes, devido a gestão financeira distinta e ao nível mais baixo de alfabetização financeira do gênero feminino. Logo, o objetivo do estudo é analisar a relação da alfabetização financeira e do gênero no comportamento dos consumidores e em sua propensão ao endividamento. Elaborou-se uma survey para coletar os dados, com uma amostra de 135 estudantes de ciências contábeis em uma universidade de Santa Catarina. Foram realizados testes de hipóteses para analisar os dados, por meio da técnica de modelagem de equações estruturais (Strucuctural Equation Modeling – SEM), estimada pelo método dos mínimos quadrados parciais (Partial Least Squares – PLS). Obteve-se que pessoas com níveis maiores de alfabetização financeira tendem a comprar menos compulsivamente, a relação indireta entre alfabetização financeira e propensão ao endividamento também foi encontrada, pois a diminuição do comportamento compulsivo de compra causada pela alfabetização financeira, diminui a probabilidade de endividamento. O materialismo apresentou uma diminuição quando a alfabetização financeira está presente. Entretanto, a relação indireta entre a alfabetização financeira, materialismo e propensão ao endividamento não foi comprovada. Por fim, não se encontrou distinção entre os gêneros, de modo a não confirmar a hipótese que de mulheres são mais propensas a compras compulsivas, materialismo e ao endividamento. Esse estudo contribui para preencher uma lacuna na literatura visto a ausência de estudos que buscaram identificar uma relação indireta entre o materialismo, compra compulsiva, alfabetização financeira e propensão ao endividamento. Complementa ainda, os estudos já existentes que abordam as relações diretas entre as variáveis, por explorar os efeitos mediadores do comportamento compulsivo de compra e do materialismo na relação entre alfabetização financeira e propensão ao endividamento. Esta pesquisa é importante pois ressalta a alfabetização financeira como principal fator para evitar o endividamento das famílias e para que desenvolvam consciência sobre seus desejos futuros e momentâneos, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Além disso, pôde desmistificar a ideia do consumo excessivo por parta do gênero feminino.
Os estereótipos nas narrativas dos contos de fada: compreendendo “As Três Fiandeiras”, “O Rei Sapo” e “Os Doze Caçadores” sob a perspectiva de gênero.
(2023) Silveira, Gabriela Borges
Este artigo apresenta um Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) que teve como objetivo compreender como os estereótipos presentes nos contos “AS Três Fiandeiras”, “O Rei Sapo” e “Os Doze caçadores” se apresentam nestas narrativas, com o intuito de promover o pensamento crítico acerca das relações de gênero que os atravessam. Para a execução de tal objetivo o caminho proposto foi o de descrever o gênero literário conto de fadas, apresentar os estudos de gênero enquanto categoria de análise para as narrativas selecionadas e por último apresentar e debater a seleção realizada dos contos de fada dos Irmão Grimm discutindo os possíveis estereótipos encontrados. Esta pesquisa possui natureza básica, abordagem qualitativa e cunho bibliográfico apoiando-se no referencial teórico de gênero com autoras e autores como Scott (1990), Louro (1997 e 2004), Mariano (2005), Bourdieu (2005), Machado (2000) e Muniz (2000). Abordamos os contos de fadas trazendo as autoras selecionadas para compreendê-los, como Coelho (2012) e Zilberman (2003). O que se conclui é que os contos apresentados carregam estereótipos de gênero, demarcados no tempo histórico em que foram criados, e não obstante, ainda apresentam significados na atualidade, portanto analisá-los permite criar maneiras de trabalhá-los sem deixar de trazer questionamentos acerca das histórias e sem privar as crianças deste maravilhamento tão potente para o imaginário infantil.