Concurso vestibular da Udesc: um estudo comparativo da avaliação das características sociodemográficas dos alunos ingressantes no ensino superior antes e após a mudança no processo de seleção
Tipo de documento
Dissertação
Data
2024
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Centro
FAED
Instituição
Programa
Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Editora
Autor
Machado, Mário César
Orientador
Ardigo, Julíbio David
Coorientador
Resumo
O acesso à educação é direito de todos e está previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, esse direito também está previsto na Constituição Federal e, de igual forma, referendado na Lei de Diretrizes de Base da Educação-LDB/93, que tem como “[...] medidas basilares o princípio da igualdade entre as pessoas nas condições de acesso e permanência [...]” (Costa et al., 2018, p. 17). Para assegurar essas condições, o Estado brasileiro tem implementado, ao longo dos anos, políticas públicas que garantem o acesso e a permanência nos diferentes níveis de ensino. Mesmo assim, o Brasil possui diferenças significativas em relação às desigualdades educacionais. Muitos culpam o concurso de acesso ao ensino superior como o grande vilão. Mas na verdade, a maioria dos especialistas comungam da ideia de que são várias as condicionantes a considerar, quando o assunto é acesso ao ensino superior. Especificamente, a Universidade do Estado de Santa Catarina, até o processo pandêmico, construía o ranqueamento e sua relação de chamada(s), por meio de um concurso presencial. Utilizando-se, também, do sistema Sisu e oportunizando o ingresso para aqueles que realizassem a prova do Enem. Com o agravamento do quadro pandêmico e de isolamento social, a realização de novos concursos presenciais foi cancelada. As IES foram forçadas a lançar mão de nova sistemática de processo seletivo. Por sua vez, a Udesc aprovou o processo seletivo especial como concurso oficial de ingresso na universidade. Esse processo foi aplicado nos últimos seis concursos de ingresso. A construção do ranqueamento se dá pelo cálculo da média obtida no ensino médio e mantendo o ingresso via Sisu e ações afirmativas. Contudo, sendo possível ter ocorrido alteração do perfil do ingressante, utilizou-se informações prestadas pelos ingressantes nas matrículas dos processos pré e pós-pandemia para avaliar essa questão. Os dados analisados apresentam um perfil de ingressante próximo do que a Udesc busca enquanto uma instituição de ensino superior pública. Ao final da análise, percebeu-se que a universidade está selecionando, em sua maioria, ingressantes com idade menor que 23 anos, concluintes de escolas públicas e oriundos do Estado catarinense. Notou-se, também, que a seleção de egressos de escolas públicas e de candidatos, assim autodeclarados, sofreu um incremento significativo com a alteração do processo “Local”, que contemplou, além das modalidades anteriores, a análise de histórico do ensino médio como critério de seleção.
Abstract
Access to education is everyone's right and is provided for in the Universal Declaration of Human Rights. In Brazil, this right is also provided for in the Federal Constitution and, likewise, endorsed in the Education Base Guidelines Law-LDB/93, which has as its “[...] basic measures the principle of equality between people in the conditions of access and permanence [...]”, (Costa et al., 2018, p. 17). To ensure these conditions, the Brazilian State has implemented, over the years, public policies that guarantee access and retention at different levels of education. Even so, Brazil has significant differences in relation to educational inequalities. Many blame the higher education entrance exam as the big villain. But in fact, most experts share the idea that there are several conditions to consider when it comes to access to higher education. Specifically, the State University of Santa Catarina, until the pandemic process, built the ranking and its list of calls, through an in-person competition. Also using the Sisu system and providing entry opportunities for those who took the Enem test. With the worsening of the pandemic and social isolation, the holding of new in-person competitions was canceled. HEIs were forced to use a new selection process system. In turn, Udesc approved the special selection process as the official entrance exam to the University. This process was applied in the last six entrance exams. The ranking is constructed by calculating the average obtained in high school and maintaining admission via Sisu and affirmative actions. However, given that there may have been a change in the entrant's profile, information provided by entrants in the pre- and post-pandemic process registrations was used to assess this issue. The data analyzed present an entry profile close to what Udesc seeks as a public higher education institution. At the end of the analysis, it was noticed that the University is selecting, for the most part, entrants under the age of 23, graduates of public schools and from the State of Santa Catarina. It was also noted that the selection of graduates from public schools and self-declared candidates underwent a significant increase with the change in the local process, which included, in addition to the previous modalities, the analysis of high school records as a selection criterion.
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