Postura, tempo de telas, dores musculoesqueléticas e qualidade de vida em adolescentes de uma escola pública de Florianópolis: um estudo transversal

Tipo de documento

Artigo

Data

2023

Modalidade de acesso

Acesso restrito

Centro

CEFID

Instituição

Programa

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Editora

Autor

Rangel, Giovanna da Silva

Orientador

Coorientador

Nascimento, Gabriella Lavarda do

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Resumo

Introdução: A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que o tempo de telas, por maiores de 10 anos, não ultrapasse 3 horas diárias. O uso desenfreado de dispositivos eletrônicos pode acarretar diversas consequências como alterações posturais, dores e pode repercutir negativamente na qualidade de vida (QV) de seus usuários. Objetivo: Caracterizar a postura estática e autorrelatada, tempo de uso de dispositivos eletrônicos, dores musculoesqueléticas e QV em adolescentes de uma escola pública de Florianópolis. Método: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal em adolescentes entre 15 e 17 anos matriculados em uma escola de ensino médio de Florianópolis. Foram coletados dados antropométricos e anamnese dos participantes. A análise postural foi realizada no Software de Avaliação Postural v0. 68® (SAPo). Em relação à avaliação da postura autorrelatada, dor nas costas e tempo de uso de telas, foi utilizado o questionário BackPei-CA. Para análise da QV foi aplicado o questionário Kidscreen-27. Os dados foram processados e analisados pelo Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 20.0 e foram aplicadas medidas de dispersão como média aritmética, desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil, ou frequência absoluta e relativa. A normalidade da distribuição dos dados foi avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Resultados: A amostra foi composta por 77 adolescentes (46 meninos e 31 meninas), com média de idade de 16 anos. Os ângulos com maiores alterações foram alinhamentos horizontal e vertical da cabeça e assimetria escapular. A maioria dos participantes (adotam posturas incorretas com maior flexão de cabeça ao usar os dispositivos. O dispositivo mais utilizado é o celular e todos os participantes ultrapassaram a meta estabelecida pela SBP. Maior parte dos participantes (67,5%) apresentaram dores em colunas lombar ou cervical. O escore geral médio da QV foi de 88 pontos, indicando uma QV satisfatória. Conclusão: O presente estudo conclui que meninos realizam mais atividade física e apresentam menos queixas álgicas no corpo que as meninas. A maioria da amostra apresenta dor moderada em colunas lombar e cervical. As meninas apresentam maior anteriorização da cabeça, maior assimetria da escapula e alinhamento adequado da pelve enquanto os meninos apresentam retroversão. Uma extensa parte da amostra adota posturas inadequadas ao utilizar as telas. Todos ultrapassam a meta diária de horas de uso de telas. Evidencia-se a necessidade de um programa de intervenção nas escolas para abordar o incentivo da prática de atividades físicas, orientações sobre uso de telas e posturas adequadas ao utilizar dispositivos eletrônicos.

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